Um dos parlamentares mais antigos do Congresso, já no 10º mandato
consecutivo, o deputado Inocêncio Oliveira (PR) já anunciou por várias
vezes a decisão de encerrar a carreira, mas em todas as manifestações
recuou.
Por isso mesmo, há uma descrença na informação antecipada, ontem, por
este blog, de que não seria candidato à reeleição. Agora, entretanto, a
decisão não tem volta.
Com dificuldades de audição e de mobilidade, esta prejudicada por um
tratamento no joelho que parece não ter fim, Inocêncio resolveu pendurar
as chuteiras.
Na manhã de segunda-feira passada formalizou a decisão ao governador
Eduardo Campos (PSB). O deputado não deixa a vida pública. Pretende
continuar influenciando com o seu grupo político.
Tanto que o seu candidato a federal e, consequentemente, herdeiro
político em Brasília, será o primo e afilhado Sebastião Oliveira,
deputado estadual.
Para ocupar a vaga deste na Assembleia Inocêncio está apoiando um
trio também muito fiel: ex-deputado José Marcos, o deputado licenciado
Alberto Feitosa, secretário estadual de Turismo, e o ex-prefeito de São
José do Belmonte, Rogério Leão, que ocupa, no momento, a presidência do
Porto do Recife.
Filho de Serra Talhada, terra de Lampião e Agamenon Magalhães,
Inocêncio é dono de um magnífico patrimônio eleitoral no Sertão. Na
última eleição, foi o terceiro deputado mais votado da bancada federal,
superando a casa dos 198 mil votos.
Com mais de 50 anos de atividade política, ocupou todos os cargos de
comando na mesa diretora da Câmara, entre os quais a presidência no
biênio 93-94, quando então ocupou por diversas vezes, interinamente, a
vice-presidência da República, substituindo Itamar Franco quando este se
ausentava do País em missões internacionais.Magno Martins
(Fonte, PajeúDaGente)